Freedom!!!

@ Uma bike pela cidade

Publicado em 22/10/2009 às 18:40

Temas: Bicicultura Instantaneos





Estas imagens são dedicadas aos comentadores do post anterior.
 

Como manter um automobilista atrás dum ciclista sem que ele se aborreça

@ Uma bike pela cidade

Publicado em 21/10/2009 às 13:03

Temas: Bicicultura Instantaneos

 

Mesmo local, mesma situação, estúpidos diferentes.

@ Uma bike pela cidade

Publicado em 10/10/2009 às 22:20

Temas: Benfica Bicicultura Ciclovia Estupidos Fonte Nova Instantaneos Lisboa

Estupido

Estupido

Estupido


Agora imaginem se fosse uma bicicleta a tapar uma via de automóveis?
 

Uma imagem vale mil palavras....

@ Uma bike pela cidade

Publicado em 28/08/2009 às 12:56

Temas: Bicicultura



Roubado daqui por informação do Rogério leite.
 

Ida à Baixa

@ Uma bike pela cidade

Publicado em 12/08/2009 às 9:39

Temas: Benfica Bicicultura Ciclovia Fonte Nova Lisboa Políticos

Na sexta-feira tinha um almoço combinado na Baixa e umas compras, mesmo na Praça da Figueira, e qual seria o melhor meio de transporte para lá chegar e estar à vontade por lá? Já sei que vão pensar que será a bicicleta o melhor meio mas eu até vos digo que é o metro! Mas melhor ainda é conciliar estes dois ecológicos meios de transporte e assim lá fui de duas rodas até ao Campo Pequeno onde estava a minha companhia e fui de metro o resto do percurso. Mas ainda tirei estas duas fotos de dois pormenores da ciclovia no Fonte Nova em Benfica, quando ela passa por baixo da Segunda Circular e a recta que nos leva para a serra do Monsanto.
É uma bela ciclovia que poderia ser mais útil por outros caminhos e bastante contestada pelas mentes retrógradas dos lisboetas que insistem em apenas pensar em estradas e estacionamentos para os seus carros.


Ciclovia de Benfica

Ciclovia de Benfica


Já na viagem de metro que fiz sem a bike ao lado, tenho a dizer que continua rápido como sempre, confortável quanto baste e com as mesmas pragas e viroses de há anos: os pedintes e os aleijados de profissão. O metro até faz parecer o Windows, usamos mas não podemos alterar as paragens nem o percurso, tal como no Windows não podemos alterar o código fonte; temos de levar com aquelas pragas dos pedintes e as viroses dos carteiristas tal como no Windows temos de levar com adware e vírus. Se calhar acham que estou a ser muito insensível aos dramas sociais mas muitos daqueles pedintes e aleijados usam o metro e o acto de pedir como profissão há anos! E conseguem fazer a ideia do que é estar uma tipa a um metro dos vossos ouvidos e a berrar "dê-me uma esmolinha, sou doente e não posso trabalhar"? Temos de estar sempre atentos à nossa volta e ter atenção à nossa carteira!

Bom, lá cheguei, continua a haver muito transito na baixa, carros demais para o meu gosto, nem tantos como gostaria o Pedro Santana Lopes, pouquíssimos como acha o Barbosa do Partido dos Carros, o ACP, mas é assim que Lisboa é. Já na volta e depois de apanhar a burra fui apanhar a radial de Benfica para ver algumas das obras que o António Costa mandou construir e que prevejo serem únicas caso perca as eleições para o Santana Lopes pois parece-me bem mais fácil o PSL mandar construir um túnel para os carros que atravesse Lisboa do que construir 10 metros de ciclovia "numa cidade de colinas". Eis um pormenor duma via aérea para ciclistas e peões mandada construir pelo actual Presidente da Câmara de Lisboa:

Ciclovia na Radial de Benfica

Outro pormenor à saída dessa mesma ponte:

Ciclovia na Radial de Benfica


Há quem insista que tudo isto é um desperdiçar de dinheiros públicos, ciclovias com pouca utilidade, mas continuo a não ver incentivos reais ao uso da bicicleta como meio de transporte alternativo, eficiente e ecológico, nem vejo aparecer uma cultura e educação para o uso da bicicleta em desfavor ao uso do carro como tem sido prática corrente. E temo que o Santana Lopes caso vença as eleições, ainda piore a situação.

E boas pedaladas...
 

Pintura na cidade

Pedro Gaspar @ Cenas Rolantes

Publicado em 6/08/2009 às 22:50

Temas: arte bicicleta passeio

Este passeio de bicicleta é o meu primeiro esboço para as próximas eleições.

 

Um ano de bicicleta em Lisboa

Francisco Alem-Tejo @ O meu mundo

Publicado em 30/07/2009 às 18:21

Temas:

E pronto! Parece que foi ontem mas já passou 1 ano! Com a minha Trek 3700 (passo a publicidade, mas parece-me que foi uma boa opção aconselhada pelo pessoal da biclas.com), andei na cidade de Lisboa nos últimos 365 dias. Não andei todos os dias, nem sequer tenho uma estimativa do número de dias em que andei. Mas foram bastantes (talvez 25 a 40% das deslocações). Sobretudo de casa (Almirante Reis) para o trabalho (Tapada da Ajuda), 8 km para cada lado. Mas também de casa para o Campo Grande, e regresso. E de casa para o dentista (Camões) e regresso. E outras deslocações...

No total, 1750 km. Para estimar o equivalente em carro devo ter de acrescentar uns 10% a esta distância. Só em combustível, o que poupei praticamente pagou o investimento na "poderosa".

Acidentes: zero. Furos de pneus: zero. Grandes sustos: zero.

Os principais problemas: 1. os carris dos elétricos, que são traiçoeiros... 2. alguns apertos com carros, que fui evitando há medida que ganhei experiência e me pus mais no meio da via, para evitar que me passassem razantes.

Lanço o repto a outros amantes de bicicletas: Deixem o carro, juntem-se a nós.

A comemorar este aniversário, uma prenda: uma ciclovia desde o Cais do Sodré, que passarei a utilizar até Alcântara.
 

Tres rodas, muitas funções!

@ Uma bike pela cidade

Publicado em 23/07/2009 às 12:22

Temas: Bicicultura Filme Notícias

Interessante este conceito para quem tem crianças e deseja passear com elas:
(vídeo embutido)




Invenção israelita!
 

Back Again

@ (I) Mobilidade

Publicado em 8/05/2009 às 0:00

Temas: Bicicultura

Estou de volta! Não que eu tenha ido à algum lugar. Quer dizer fui a vários não tenho é vindo cá no "blog". Isto aqui ficou as traças, mas nem tanto. Se notaram no lado esquerdo dos "posts", logo abaixo do "banner" com o nome do "blog", tem as mensagens do "twitter". Pelo menos estas mensagens aparecem aqui e o espaço não tem um ar de abandono.
Está certo que ninguém mais aguentava a reportagem da SIC, que começa sempre que se chega ao "blog". Entra e lá começa a apresentadora a falar. Nem eu mesmo. Mas agora com este "post" ela não vai mais aparecer, pelo menos assim espero. Também estava com uma certa preguiça mental em escrever por aqui. Algo na linha editorial... sei lá. Dúvidas. Alargava os temas ou mantinha restrito na linha da mobilidade ciclável. Mas como manter na linha da mobilidade se estava a andar tão pouco de bicicleta, principalmente como transporte diário? Tudo culpa da mudança de endereço do trabalho. Não só o endereço mas também da função. Sim mudei de função, não sou mais formador no Centro de Férias do Inatel na praia de Santo Amaro. Agora trabalho na sede da Fundação e sou o coordenador dos formadores nos 38 espaços Net para Todos. Mas sobre isso falo depois. Aos poucos e provavelmente em outro espaço, não este.
Agora estou de volta para falar da mobilidade, afinal este é o tema do "blog" e não vou alargá-lo não. Talvez algumas linhas sobre outros assuntos entre um ou outro parágrafo. Mas por que mesmo estou de volta ? Simples, voltei a pedalar para ir ao trabalho. E não só isso, vou também escrever por cá sobre os passeios que tenho feito em bicicleta e olhem que já tem algumas boas histórias. Estes passeios são quase sempre feitos nas "domingadas", junto com o pessoal da Ciclo-Via.
Por falar em Ciclo-Via, cadê o meu "logo"? Só o Gonças é que tem, quer dizer tinha? Quero o meu também, tenho que colocá-lo no "blog", fazer publicidade. Ana, Bruno, quero também o "logo" do Planeta Bicicultura como posso fazer publicidade sem "panfletos"?
De volta aos relatos. Fiz uma sequência de fotos do caminho para o trabalho. Faltou o caminho inicial de casa até a estação de comboios. Pode ser a estação de Cruz Quebrada ou então vou até a estação de Algés. Do comboio desço na estação terminal de Cais do Sodré. Como podem ver pela foto abaixo.



Sair da estação é muito tranquilo, mas só depois que o tumulto passou. Imaginem um comboio com sete carruagens, que levam pelo menos 40 pessoas a desembarcarem todas juntas. E é mesmo quase todas juntas, haja aperto, parece que sempre estão todos atrasados. Bom depois do tumulto fica tudo como está na foto acima. Aí é só sair pela passagem disponível para cadeiras de rodas, já que as outras são bem apertadas, e ganhar a rua. Como na foto abaixo, que mostra a rua entre a estação de comboios e o cais dos barcos. Logo a frente a paragem dos auto-carros. Neste horário, pelo menos por aqui, quase não tem movimento de carros. Tem de gente.


Mas logo em frente naquele ponto, a foto que está logo abaixo não mostrou, mas o cruzamento em questão está um caos em determinados horários. Tudo por causa do condicionamento do trânsito em frente ao Terreiro do Paço. Mas para quem usa bicicleta o trânsito flui muito bem.


Na sequência, não deu para mostrar bem, ou melhor, a fila de carros não estava tão grande. Um detalhe, mudaram a fila de lugar. Antes virava-se à esquerda no semáforo. Agora passa-se sobre o parque de estacionamento. Não sei como estão a fazer para cobrar o estacionamento, pois não existe só a entrada com a cancela. Agora existe uma entrada bem no meio do parque e sempre uma fila de carros a passar por lá. Na sequência não consegui fotografar o parque de estacionamento nem a rua do Arsenal, precisava das minhas duas mãos no guiador para passar entre os carros parados no congestionamento. Fartei-me de rir sozinho. Todos lá parados e eu e mais alguns outros ciclistas a seguir sem problemas. Quer dizer quase sem problemas. Isto porque alguns automobilistas não gostam de dividir a via e aproximam-se o mais possível do passeio. Mas não tem problema, quando não podemos passar entre o passeio e o carro vamos para o meio da faixa e passamos pelo lado esquerdo. Não é este o lado que se deve usar para ultrapassar um veículo mais lento?

Olhem lá, só mesmo o transporte público para passar neste cruzamento. O cruzamento em questão é o outro, com a rua da Prata que no momento não é possível para os carros virarem à esquerda, só aos transportes públicos ou então para as bicicletas que se aventuram por lá. Não vi muitas neste dia. Passaram três por mim, mas no sentido oposto ao meu.


E como fica fácil de perceber pela foto abaixo, a rua da Prata está tudo muito tranquilo. Se não fosse a carrinha dos CTT passar bem na hora da foto, seria visível apenas um carro logo a frente e dois autocarros, mais nada. Lembra em um dia normal como era passar por aqui nesta hora (8:30h). Muito melhor agora e ainda mais em bicicleta. Se fosse publicidade seria de cartão de crédito. Não tem preço.


Aqui já cheguei até a praça da Figueira. Crianças não façam isto em casa, ou melhor crianças podem fazer (andar sobre o passeio)na cidade. Embora neste horário muitos carros e carrinhas estão sobre o passeio neste lugar (Rua Dom Antão de Almada até o Largo de São Domingos). Assim não me sinto tão mau por passar aqui, além de cortar um bom pedaço de caminho. O normal seria ir até ao lado da praça do Rossio, subir até o teatro e só então começar a subir a calçada do Garcia.

E olha que é subir mesmo. A imagem aqui em baixo não dá toda a dimensão da subida, além de ser só a primeira. Depois de passar pela calçada do Garcia tenho que subir a Calçada de Sant'Ana. Calma que chego lá. Até aqui, no Largo de São Domingos, foi tudo praticamente plano. Na verdade foi plano, mas daqui para frente é só a subir.


Na foto da sequência não consegui mostrar toda a inclinação do terreno, mas convido a quem quiser conhecer este pedaço de Lisboa a fazer um passeio por lá. É meio estranho, este pedaço do Largo de São Domingos e a Calçada do Garcia tem uma concentração enorme de africanos, além de ter a Igreja que mais impressiona em Lisboa, pelo menos a mim. Vale a pena dar uma olhada na Igreja de São Domingos.

Não tenho altímetro na bicicleta, mas pelo google earth tentei uma aproximação e não funcionou. Sei lá o que aconteceu. Normalmente o google earth apresenta a altitude onde está o ponteiro sobre o mapa. No meu caso mostra 84 metros no Largo de São Domingos!! Impossível, ficou maluco. Mas a subida pela Calçada de Sant'Ana tem que ser feita em sentido contrário. Contra o trânsito, então o melhor é subir e levar a bicicleta a mão.

Assim podemos perceber melhor uma das maiores pragas que assolam as cidades, concelhos ou vilas portuguesas. Estacionamento sobre o passeio. E olha que a câmara municipal até faz dos passeios paliteiros para os pilaretes e mesmo assim tomem carro sobre o passeio. Ô praga. E depois eu me sinto culpado por ter andado sobre o passeio de bicicleta. Quando ando sobre o passeio, não fico em um lugar por mais que alguns míseros segundos. Tomo sempre cuidado com os peões dando-lhes a preferência. Mas os automobilistas conseguem usurpar quase todos os lugares disponíveis para circular na cidade, quer seja na estrada, rua ou passeio. E não só para circular, mas também para desfrutar por longas horas, quando não dias.


Agora vem o meu maior problema neste tipo de deslocamento. Guardar a bicicleta. Simplismente não tenho onde deixá-la, então fica sobre o passeio presa em uma placa. Acabo de falar dos automobilistas e o péssimo costume de estacionar e lá vou eu fazer o mesmo. Agora não tenho desculpa, não estou mais a partilhar o mesmo espaço. Uso-o para o meu proveito. Mas fazer o quê? Onde vou deixar a bicicleta? E olhe que só tive coragem de deixá-la presa na placa depois de conseguir emprestado um alarme para a bicicleta. Isso mesmo, ela fica lá amarrada com cabo de aço e alarme. E isso porque na entrada do prédio tem segurança, para a qual eu pedi que se ouvisse o alarme tocar, avisar-me. Se bem que, observando bem, ocupo um lugar que seria a continuação dos locais de estacionamento dos carros se ali não estivesse uma entrada para um beco. Se repararem um pouco na foto, existe o pilarete e logo depois o rebaixo na calçada para entrar carros. Então o espaço que a bicicleta ocupa não é o espaço onde normalmente os peões tem para passar. Mas enfim, deveria ter um lugar melhor para parar. Como diz o ditado, e não sei se diz certo, quem não tem cão caça com gato. Se vira. Nasceu quadrado?

Agora na volta tem a recompensa. É só a descer. Pelo menos até o Largo de São Domingos. Não pensem que dá para chegar ao rio, que aparece ao fundo na foto, com toda a facilidade. Primeiro que não tem nada muito recto neste caminho. Segundo vai ter que enfrentar o trânsito na baixa.

Aqui tudo bem, ao lado da praça do Rossio, ou melhor praça Dom Pedro IV ou seria Dom Pedro I. Bom depende de quem vê, se português ou brasileiro. Mas a estátua que está no centro da praça, segundo alguns, não tem nada de Dom Pedro, seria de algum outro monarca europeu que acabou por cair em desgraça e os portugueses levaram a estátua a preço simbólico. Sei lá se é facto, na verdade aqui estava só preocupado em desfrutar desta tarde e seguir o caminho para a rua do Ouro ou seria rua Aurea? Mais dúvidas.

E agora todo o movimento que não tivemos na rua da Prata, encontra-se na rua do Ouro. Se bem que uma das faixas foi transformada em faixa BUS e eu não deixo passar a oportunidade de dividi-las com os autocarros. Pode parecer loucura, mas prefiro andar junto aos autocarros de Lisboa do que junto aos demais carros, táxis inclusos.

Depois ainda tem que passar pela rua do Arsenal e a loucura que lá se instalou. Mas para quem está de bicicleta, mais uma fez faz-se melhor do que de qualquer outro meio de transporte, inclusive motas, ou motos ou sei lá. Muito mais rápido do que qualquer outro já estamos no ponto de partida. Cais do Sodré, só que desta vez nada de comboio. Agora é só voltar pela av. de Brasília e lutar contra o vento.

Se repararem bem vejam que a bandeira que aparece na foto está completamente esticada. Não pensem que ela é assim. Isto é obra do vento mesmo, que nesta altura é sempre contra, vai-se entender o que acontece. Mas todo o percurso da av. de Brasília é feito com vento no sentido contrário e olhe que em determinados momentos para passar de 18km/h tem que se fazer força. Nos breves momentos que o vento não é tão sentido, facilmente atinge-se 29km/h. E olhe que a minha bicicleta não é das mais indicadas para velocidade. Tem um pneu largo que não sei para que tanto e dupla suspensão, algo que serve bem para a av. de Brasília e o seu alcatrão perfeito para todo o terreno, mas que não ajuda nem um pouco na transferência da força do eixo pedaleiro para a roda.

Pelo caminho temos a recompensa. O espaço que fica em frente a Torre de Belém convida para um passeio tranquilo, sob as árvores e longe dos carros e camiões da avenida. Se bem que aqui o convidar é aconselhável, pois logo a frente a avenida se bifurca com a entrada do viaduto Sul para a passagem sobre os carris. Para quem está de bicicleta na av. de Brasília, na faixa da direita, fica preso pelas duas faixas que entram no viaduto num ponto em curva e com pouca visibilidade para os veículos que vem por trás. Então o melhor mesmo é ser convidado para andar no jardim em frente a Torre e fugir desta armadilha .

Logo depois da estação de comboios de Algés existe esta maravilha. Duas pistas sem nenhum veículo automotor. São mais de 700mts fechados ao trânsito e que as pessoas podem utilizar para o lazer. Na foto não consegui mostrar ninguém (grande fotógrafo), mas todos os dias muitas pessoas vem até aqui para andar de patins, trazer os filhos pequenos para andar de bicicleta na rua. Como na rua?! Isso mesmo, na rua, na avenida, trazem os filhos pequenos para andar de bicicleta, passear. Isso poderia acontecer em todas as ruas se não fosse um detalhe, insignificante, mas vou deixar para vocês adivinharem qual é.

Eu sei, vocês sabem?
 

Paris 2

@ (I) Mobilidade

Publicado em 25/02/2009 às 0:30

Temas: Bicicultura

Quando somos pequenos sempre nos imaginamos em outros lugares, outras cidades. No meu caso não foi diferente e uma das cidades que sempre quis conhecer era Paris. Como já escrevi antes, eu e minha esposa estivemos em Paris no começo deste ano. Mas os motivos pelos quais gostava de conhecer Paris, mudaram com os anos. Depois de mudar meu estilo de vida, deixar de ser carro dependente e virar um ciclo-activista quis conhecer Paris também por causa das Velib.

Por uma coincidência muito grande, alguns dias antes da viagem vi um pedaço de programa em algum canal pago exactamente sobre as Velib. Não vi tudo, mas pude saber como foi implantado o sistema. Quem já reparou nos painéis de publicidade que tem a marca JC Decaux? Então, o dono da empresa, em troca da exclusividade dos seus painéis na cidade de Paris foi quem doou e mantém todo o sistema das Velibs na cidade. São mais de 20.000 bicicletas espalhadas em mais de 1.000 pontos totalmente automatizados e simples de usar. Mas deixa eu contar como foi a experiência.
Como chegamos a Paris no dia 31 de dezembro a noite, aproveitamos que os transportes eram gratuitos e fomos para o apartamento onde estaríamos hospedados. Do aeroporto Charles de Gaulle, RER, depois o metro e desembarcamos a menos de 200mts do apartamento. Ainda não eram 10 horas então deixamos nossa bagagem no apartamento e voltamos para o metro, agora para ir até a Torre Eiffel. Chegamos pouco antes da meia-noite e deu tempo para as fotos, uma delas é aquela que foi colocada aqui no dia 1 de janeiro. Na volta para o apartamento, antes de entrarmos passamos por um dos pontos da Velib ali perto para descobrir como usar o sistema. Nem preciso dizer que num raio de 200 mts do apartamento encontravam-se 3 pontos de Velib.
Bom, todas as intruções estão disponíveis no próprio ponto. Existem três modalidades para o uso das Velib com dois tipos de cartões diferentes. Um dos cartões é impresso com um número de cadastro e o dono deve criar uma senha para a sua utilização, o segundo tipo tem uma espécie de chip que permite a retirada da bicicleta directamente do ponto de ancoragem. Com o cartão de código numérico é necessário utilizar o painel de comando do ponto, pois é através dele que se escolhe a bicicleta, pelo número do posto de ancoragem, que será utilizada. As modalidades disponíveis para o uso das Velib, que são três, vão do uso por um dia ao custo de 1€, uma semana por 5€ ou anual com custo de 29€. Além destes valores só paga quando utilizar a bicicleta por períodos maiores que 30min. Assim todo o uso com menos de 30min é gratuito, até uma hora custa 1€ e a cada 30min adicionais a tarifa aumenta 2€ para os primeiros 30min após a primeira hora e 4€ para cada 30min adicionais depois de 1h30min, quer dizer se for para usar a bicicleta muito tempo o melhor é trocar sempre senão vai ficar muito caro. O motivo é exactamente forçar a troca de bicicletas, assim aumenta a rotatividade e mais pessoas podem usar o sistema.
Depois de aprender como funcionava e como ficaríamos em Paris por 1o dias deixamos para nos cadastrarmos no sábado. E foi o que fizemos, no sábado, cedo, paramos em um dos pontos perto do apartamento e nos cadastramos no sistema. Escolhemos o uso por uma semana e o cartão com o código numérico. Para o cadastro é preciso um cartão de crédito, ou no nosso caso o cartão do banco mesmo, pois é necessário uma caução de 150€ . Fizemos o cadastro e recebemos no mesmo painel de controlo do ponto o cartão com o código numérico. De imediato retiramos ali uma bicicleta para cada um e nos colocamos a andar.

Bom sabíamos como retirar a bicicleta, mas não tínhamos ideia de como devolver. Então controlei o tempo para não ultrapassar os 30min e quando estava com mais ou menos 20min procuramos um ponto para ancorar as bicicletas. Ancorar é muito simples, é só encontrar um posto vazio e encaixar a trava e esperar a luz verde. Simples, mas na hora ainda não tínhamos noção se bastava só isso, por sorte no mesmo ponto três pessoas estavam a retirar Velibs também e confirmaram para nós que bastava colocar a bicicleta e esperar a luz verde. Bom aprendida a lição vamos pegar outra Velib. Aí descobrimos que não podemos pegar uma bicicleta no mesmo ponto que acabamos de deixa-la. Nada grave, nem 200mts do ponto encontramos outro e levantamos a Velib lá. E assim foi, por uma semana agora tínhamos o direito de andar de bicicleta o quanto quizessemos sem pagar nada mais, bastava não passar de 30min com cada uma delas. E foi o que fizemos, andamos com frio, neve e gelo. De dia ou de noite e por quase todas as partes dentro dos Boulevard Períphérique. Depois eu conto mais...

 
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