A "Dahoninha"

@ Eu e as minhas bicicletas

Publicado em 16/08/2017 às 14:02

Temas: dobrável

Depois da Romana (a minha Lombardo Roma para os commutes), da Prazeres (a Zeus de estrada) e da biba (a minha velhinha BMX IBA transformada para a filha) temos agora na família a Dahoninha (uma dobrável para a babe passear)!

Aquisição recente, em segunda mão, mas quase nova de um senhor que muito a estimou mas que não usando preferiu vender a tê-la num canto a apanhar pó em casa.

É uma Dahon Jetstream P8, dobrável mas de roda 20. Quase nova... os pneus ainda tem os "pinos" da borracha de tão pouco que devem ter rolado.

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Há que tempos que a babe não tinha uma bina para passearmos, e como me tinha dito que via com bons olhos uma dobrável andei à procura e achei que esta seria uma boa opção pois serviria para os intuitos de passeio esporádico como também como veículo utilitário caso um dia fosse necessário.






"Ah, mas nunca ouvi falar disso das Dahon... é o quê?"
É ver aqui a história da Dahon e como revolucionou a indústria dos velocípedes dobráveis modernos...


«Founded in 1982, by inventor and physicist Dr. David Hon and his brother Henry Hon, Dahon has grown to become the world's largest manufacturer of folding bikes, with a two-thirds marketshare in 2006.»
https://en.wikipedia.org/wiki/Folding_bicycle

"Ah, mas não tens bicicletas a mais?!"

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Tenho um stalker?!

@ Eu e as minhas bicicletas

Publicado em 25/07/2017 às 13:50

Temas: stalker

Hoje dei atenção a uma pessoa nas imediações de um carro parado na berma, que ao me ver aproximar entrou rapidamente dentro do veículo. Ora eu como não sabia o que ia acontecer dei a devida distância de segurança para evitar ou um dooring ou o arranque repentido do veículo... mas ao passar dei pelo condutor a apontar uma máquina fotográfica e a tirar-me umas fotos.

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Depois arrancou à minha passagem com a pressa quase que entrava para cima do outro veículo que estava em marcha...

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...e mais adiante, infelizmente fora do angulo das camaras que levo na bicicleta e capacete, quando encostei para não fazer uma transgressão reparei que me continuava a tentar tirar fotos com uma mão no volante e a outra a empunhar a máquina fotográfica.

Como fiz o acesso e ele tem de ir rodar à rotunda voltei a perceber que me tirou mais fotos novamente na aproximação traseira, onde vinha novamnte apenas com uma mão no volante e inclusive nem sinal luminoso fez para entrar na via.

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Devo estar preocupado por ter um stalker?

É que uma coisa é andar com uma dashcam, nas motas, bicicletas ou carros... outra é estar a fazer uma espera e andar de máquina em punho atrás de mim... mau!

Qu'estámerda?!


 

Dormir no topo de um monte: double check!

Ana Pereira @ Viagens a Pedal

Publicado em 23/07/2017 às 0:10

Temas: campismo microaventuras relatos s24o azambuja bivaque Cartaxo Herdade da Hera

“E que tal dormir no topo de um monte?” Foi esta a pergunta para Julho pensando no nosso “year of microadventure” No início de Julho regressámos à Herdade da Hera, em Manique do Intendente, na Azambuja, para nova S24O. Mas se da outra vez levámos tenda e acampámos a meio da encosta (e apanhámos uma […]
 

Fátima "17" - A singularidade

proque @ VELOCIPEDI@

Publicado em 3/07/2017 às 17:49

Temas: Bicicultura

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A constância das incursões permite que eu possa alinhar as minha peregrinações de bicicleta a Fátima com os anos do século. Assim a 2017 correspondeu a consequente 17ª ida ao santuário.

Apesar disso nunca se poderá falar em rotina já que as coisas se operaram sempre de modo distinto. Assim a conjugação do traçado (e de pequenas variantes), condições climatéricas, companhia, ponto de partida ou duração sempre se associaram para que, cada uma destas peregrinações, fosse diferente.

As fórmulas foram diversas e houve de tudo, chuva, calor intenso, vento favorável, vento desfavorável e  acompanhantes que lograram chegar ao fim e outros que ficaram pelo caminho.

A originalidade da versão de 2017 foi a de ter sido "a solo". Nunca antes o havia tentado e ontem, o simples facto de não ter companhia, não me inibiu de tentar e cumprir mais uma peregrinação. A rotina foi idêntica: sair cedo para aproveitar a luz solar, pedalar muito, dobrar quilómetros e terras. Outra singularidade (cada vez menos) é a da quantidade de peregrinos pedestres a caminho de Fátima e de Santiago de Compostela, contei vinte. Está a ficar "de moda" e ainda bem.

Voltei a usar o troço do Trancão uma vez que tinha escutado que já por aí se circulava em condições. De facto assim é. O troço foi reparado e alargado e apenas se lamenta o facto de não ter sido consolidado com uma camada de "tout venant" que permitiria que se mantivesse capaz por mais tempo. Ainda assim com o piso seco circula-se muito bem e rápido por ali.

A solo o importante é manter-se um ritmo adequado com o rendimento e estribado na zona sustentável do esforço, isto é, nem  a mais, nem a menos. A meteorologia, no entanto e tal como se previa, condicionou a incursão: tal como em anos anteriores muito calor, sobretudo após Santarém em zona montanhosa. A juntar a tudo isto um vento constante de NE a soprar com intensidade e a exigir um maior esforço para menor rendimento na zona do Tejo. Ainda assim a primeira paragem efetuou-se apenas na Valada, 75 kms. após a saída, embora com duas barras energéticas a serem ingeridas em movimento. para tentar manter as energias nos níveis adequados.

Antes disso uma nova opção de caminho (seguindo uma proposta alternativa) que foi a de ligar a zona da central do Carregado a Azambuja utilizando o caminho a nascente da ferrovia. Trata-se de um estradão rápido junto aos arrozais. O problema, para além de alguns portões que se transpõem facilmente, é a zona de passagem pelos rios paralelos (Ota e Alenquer) e que inviabilizam esta opção. Não há ponte exceto a do caminho de ferro e que conta com a vedação derrubada mas com um grau de perigo potencial extremo já que os comboios circulam aí a velocidades muito elevadas. A solução adequada será a de tomar esse caminho mais adiante na estação de Vila Nova da Rainha e daí até Azambuja evitando a inóspita berma da N3.

A vantagem da 17.ª vez é a de já se conhecerem todas as subidas do percurso, a sua localização e a sua duração. Ainda assim o calor após Santarém, mais do que o vento que apenas condicionou até esta cidade, não deu tréguas. O primeiro teste é o da ascensão a Vale Figueira a temperatura e o brilho extremos foram uma dura prova que ainda fiz com relativa tranquilidade. A segunda é o do cabeço dos moinhos após as Milhariças que em função da inclinação e do mau piso era resolvida habitualmente apeada na sua zona mais crítica. Ontem com um piso renovado continuou a ser feita de modo apeado pois o cansaço já se fazia sentir e havia que poupar energias. Terceiro teste a forte subida após os Olhos de Água resolvida com uma breve paragem a meio para retomar o pulso e, após Monsanto, a ascensão até à Serra de Santo António efetuada com elevada penosidade e a muito custo.

Foi tempo de descansar e de descer fortemente até Minde. Aí a pressão da última subida levou-me a uma breve sesta de 15 minutos que foi providencial para ajudar a vencer o derradeiro declive e descer os quilómetros finais até Fátima com a já habitual contagem de 152 kms.

Abordar uma incursão destas a solo tem vantagens e desvantagens. Permite-nos uma melhor gestão do esforço mas, paradoxalmente, torna-a mais entediante e contribui para o impulso de desistência por acrescentar maior dificuldade mental. Esta 17ª, tendo em consideração o estado de forma, deveria ter sido uma daquelas onde o comboio até Azambuja teria sido a opção racional. Todavia, apesar de uma penosidade muito elevada (das mais elevadas de todas) nunca a desistência foi levada em linha de conta. Uma parte importante do esforço físico tem uma componente psicológica e essa dimensão é determinante para a vida.



 

De Lisboa às praias da Arrábida de bicicleta (e não só)

Ana Pereira @ Viagens a Pedal

Publicado em 19/06/2017 às 15:57

Temas: campismo microaventuras Multimodalidade relatos rotas e destinos Verão Arrábida bicycle touring cães cicloturismo Moita Montijo praias Setúbal viagens a pedal viagens de bicicleta

Era para aproveitar os feriados todos e ser uma semana de férias a pedalar pelo Norte de Portugal, apanhando 2 ou 3 ecopistas e dando um salto ao Gerês. Mas os planos sofrem alterações, e acabámos por dispôr apenas de umas 48h distribuídas por 3 dias à volta de um feriado. Então resolvemos ir de […]
 

Pela Via Verde de la Subbetica (del Aceite)

proque @ VELOCIPEDI@

Publicado em 3/05/2017 às 16:17

Temas: Bicicultura

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Castelo de Zuheros

A Via Verde de la Subbética é agora parte da grande Via Verde del Aceite que percorre 128 kms. entre as províncias de Jaén e Córdova por um traçado bem mediterrânico onde a maior mancha de olival do mundo não cessa de nos acompanhar seguindo o traçado do antigo Tren del Aceite e naquela que se tornou na maior Via Verde da Andaluzia.

Foi este o desafio proposto a mim próprio percorrendo um troço da mesma designadamente entre os kms. 100 e 65 e retorno (Lucena - Luque - Lucena) pelas serras Subbeticas e o seu Parque Natural.

Do percurso efetuado merecem um destaque os povoados de Luque, Zuheros, Doña Mencía, Cabra e Lucena todos com os seus castelos e os magníficos e impressivos viadutos metálicos que se constituem como pontos obrigatórios de paragem e contemplação.

Nota para o excelente aproveitamento turístico das antigas estações ferroviárias onde se podem encontrar desde postos de descanso a restaurantes e até um museu temático do Tren del Aceite  na estação de Cabra.

Tal era a afluência de pessoas que se encontravam cheios. Como Deus escreve sempre por linhas tortas tal facto obrigou-me a vencer a insana ascensão a Zuheros e entrar num paraíso perdido naquele que é um dos "57 pueblos mas bonitos de España". A beleza e o ambiente no local a fazerem esquecer, como que por milagre, a dolorosa ascensão.


 

Passeio de bicicleta pela ecopista de Évora

Ana Pereira @ Viagens a Pedal

Publicado em 25/04/2017 às 23:19

Temas: campismo Famílias e crianças férias Multimodalidade relatos rotas e destinos vídeos comboio crianças ecopistas Évora famílias multimodalidade viagens

Aproveitámos a pausa da Páscoa para ir dar um passeio de bicicleta pela ecopista de Évora: A equipa desta escapadinha era pequena (e boa!), 3 adultos, 2 crianças (8 e 11 anos) e 1 cão. Porquê Évora para uma ciclo-escapadinha? Queríamos ir conhecer mais uma ecopista (porque é sempre fixe, claro, e também para a incluir […]
 

Passeios de bicicleta mais inclusivos

Ana Pereira @ Escola de Bicicleta

Publicado em 20/04/2017 às 11:13

Temas: De bicicleta com crianças Recreio coração amarelo inclusão passeios recreio

No final do ano passado lançámos na Escola de Bicicleta da Cenas a Pedal a modalidade do Recreio, que consiste em passeios de bicicleta mais inclusivos do que a oferta típica.

Fizémo-lo a pensar nas necessidades dos nossos alunos e ex-alunos, bem como de outros principiantes,  pessoas que retornam à bicicleta depois de décadas afastadas, e famílias com crianças. (Embora quaisquer outros interessados em desfrutar de um passeio descontraído sejam bem-vindos!)

O objectivo é proporcionar-lhes um contexto compatível com o seu nível de habilidade, e amigável, onde possam desfrutar da bicicleta sem stress, conhecer rotas (e pessoas) e ir praticando as suas competências, sempre com companhia e apoio. Queremos evitar que desistam da bicicleta por ficarem intimidados pelos passeios colectivos tradicionais ou com a perspectiva de se fazerem à estrada sozinhos.

passeios de bicicleta mais inclusivos, Cruz-Quebrada - Belém passeios de bicicleta mais inclusivos, Parque das Nações - Terreiro do Paço passeios de bicicleta mais inclusivos, Alcântara - Caxias passeios de bicicleta mais inclusivos, Cascais- Guincho passeios de bicicleta mais inclusivos, Alverca - Póvoa passeios de bicicleta mais inclusivos, Parque das Nações passeios de bicicleta mais inclusivos, Cais do Sodré - Parque das Nações passeios de bicicleta mais inclusivos, Parque da Bela Vista passeios de bicicleta mais inclusivos, Belém - Costa da Caparica

E como não se pretende permanecer para sempre no estado de principiante, a ideia é promover também passeios ou excursões para introduzir as pessoas a passeios mais elaborados ou até viagens de 2-3 dias.

passeio de bicicleta pela ecopista de évora viagem de bicicleta Entroncamento a S. Domingos viagem de bicicleta Santarém a Alpiarça viagem de bicicleta pela ecopista do Dão

 

Passeios de bicicleta mais inclusivos

Entretanto, alguns destes passeios (os de Nível 1) são ainda mais inclusivos, porque têm os triciclos do projecto “Envelhecer em Cidadania”, da Coração Amarelo, nossa parceira, à disposição para quem quiser participar com um amigo ou familiar que não possa pedalar a sua própria bicicleta. A participação de ambos é gratuita.

 

passeios de bicicleta mais inclusivos com os triciclos da Van Raam

 

Há 4 rotas para estes passeios de bicicleta mais inclusivos, todos a partir de Belém (onde estão guardados 2 dos triciclos), e todos adequados a principiantes e famílias. São mesmo para quem ainda não se sente muito confiante mas quer corrigir isso e começar a desfrutar da bicicleta no processo.

 

Para terem uma ideia do que são estes triciclos e do que permitem, vejam este vídeo:

 

 

Os triciclos são muito confortáveis para o passageiro, mesmo em piso irregular (têm supensão dianteira), e bastante estáveis e fáceis de conduzir. Nós sabemos, já os testámos!

 

passeios de bicicleta mais inclusivos com os triciclos da Van Raam

No dia do test ride e avaliação de compatibilidade com a rota, até tivemos a sorte de receber um livro de brinde, oferta do Manuel Costa Félix, o entusiasta das bicicletas no outro lado desta parceria.

 

»» Neste próximo sábado, dia 22 de Abril às 14h30, teremos mais um destes passeios inclusivos, este vai levar-nos de Belém até Caxias, e de volta, junto ao rio. As inscrições fecham amanhã! ««

 

De notar que os interessados em levar o avô ou a avó a passear nestes triciclos o podem fazer fora do contexto destes nossos passeios, basta contactarem com antecedência a Coração Amarelo, a combinar, e eles enviam um voluntário!

Para receberem a agenda de passeios, eventos, workshops, etc, subscrevam a nossa newsletter mensal. De resto, podem seguir a agenda no Eventbrite e no Facebook da Escola de Bicicleta, ou no Facebook geral da Cenas a Pedal.

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Um dia de treino que foi tão bom como um fantástico passeio!

Unknown @ Bicycling2012

Publicado em 30/03/2017 às 1:30

Temas: bicycle inspiração para cicloturismo training


O título do post diz tudo.  :)
 

O que são as novas Zonas Avançadas para Bicicletas em Lisboa?

Ana Pereira @ Escola de Bicicleta

Publicado em 29/03/2017 às 14:50

Temas: Código da Estrada Condução de bicicleta Dicas para condutores de automóvel bike boxes how-to infraestruturas

Estão a surgir em Lisboa locais com um novo tipo de marcação rodoviária dedicado às bicicletas. Aqui estão a chamar-lhes ZAB, Zonas Avançadas para Bicicletas, e pintam-nas de verde.  É algo já antigo e comum noutros países, já existem exemplos no Funchal desde 2015, mas só chega agora a Lisboa, num projecto da Urbactiv para a intervenção da Câmara Municipal de Lisboa no Eixo Central. Já as viram?

 

zonas avançadas para bicicletas

Foto: Urbactiv

 

Lá fora chamam-lhes Advanced Stop Line (ASL), ou seja “linha de paragem avançada”, “caixa de paragem avançada” ou simplesmente bike boxHá dois tipos comuns: a in-line bike box e a cross-street bike box:

zonas avançadas para bicicletas zonas avançadas para bicicletas

Em Lisboa estão a implementar apenas as primeiras, pelo que nos focaremos aqui apenas nestas. (Infelizmente, pois há muitos locais onde as segundas seriam mais úteis.)

 

O que são as ZAB – Zonas Avançadas para Bicicletas?

As ZAB são zonas de paragem avançada para bicicletas e estão normalmente associadas a intersecções controladas por semáforos.

 

Intersecção normal ANTES da introdução de uma ZAB:

 

zonas avançadas para bicicletas

Foto: Google Maps.
A – linha de paragem obrigatória com o sinal vermelho
B – zona de passagem de peões
C – zona tampão de segurança

 

Intersecção DEPOIS da introdução de uma ZAB:

 

zonas avançadas para bicicletas

Foto: Pedro Nóbrega
A – linha de paragem obrigatória com o sinal vermelho
B – zona de passagem de peões
C – zona só para bicicletas

 

As Zonas Avançadas para Bicicletas foram inventadas para tentar minimizar os riscos acrescidos causados pela segregação de modos nas intersecções (face à normal segregação por destinos) não intermediada por ciclos de semaforização independentes, nomeadamente onde seja permitida a viragem à direita.

 

zonas avançadas para bicicletas

 

Esta segregação pode verificar-se pela existência de (má) infraestrutura (ciclovia à direita da via de trânsito geral mais à direita, como na ilustração anterior) ou pelo (mau) posicionamento dos condutores de bicicleta (ao circularem encostados à direita dividindo a via de trânsito com automóveis).

O uso seguro deste tipo de infraestrutura implica competências de Nível 3. Condutores de bicicleta com estas competências já fazem o essencial que esta infraestrutura visa facilitar mesmo onde ela não existe. As ZAB, simplesmente por existirem, não permitem que condutores inexperientes, ou experientes mas mal informados, as usem em segurança.

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Para que servem as Zonas Avançadas para Bicicletas?

 

A utilidade e funcionalidade das ZAB dependem:

  • do contexto em que se inserem: nº de vias, em que direções é possível virar a partir da rua em causa, se há ou não ciclovias de alimentação da ZAB ou espaço para ultrapassagem, do nível de congestionamento antes e depois do cruzamento, etc
  • da forma como cada condutor de bicicleta se posiciona na estrada ao aproximar-se do cruzamento e na própria ZAB, e qual a direcção que deseja tomar
  • e de quando o condutor da bicicleta chega à ZAB, se com o sinal verde, amarelo ou vermelho

 

Vantagens gerais das Zonas Avançadas para Bicicletas

 

  • Condicionamento (ou priming) psicológico dos outros utentes das vias públicas para a presença de bicicletas e seus utilizadores. Este condicionamento é mais benéfico [do que as ciclovias, e parques de estacionamento] enquanto tal porque:
    • 1) é mais eficaz porque os gráficos e cores e espaços da ZAB estão numa zona aos quais os condutores prestam naturalmente atenção porque a utilizam
    • 2) não ocorre à custa da segurança da infraestrutura para os seus utilizadores

 

zonas avançadas para bicicletas

Foto: Urbactiv

 

  • Mais segurança para os peões – maior zona tampão entre estes e os automóveis.
  • Mais conforto para os peões – menor exposição ao ruído e à poluição dos automóveis.
  • Mais conforto para os condutores de automóvel – se, durante o vermelho, as bicicletas filtrarem as filas de carros e se concentrarem todas na bike box, tornam-se um quase-pelotão. Isto torna-as mais fáceis de detectar pelos outros condutores, e de ultrapassar num só bloco quando uma oportunidade segura surgir.

 

Vantagens da ZAB para os condutores de bicicleta

 

Chegando lá com o sinal verde:

  • Nenhuma, não há diferença face a uma intersecção sem a ZAB.

 

Chegando lá com o sinal vermelho:

  • oferece um espaço de escapatória da poluição gerada pelos automóveis acumulados atrás (que é um dos problemas graves de Lisboa). As bicicletas não poluem o ar e os seus condutores e passageiros não devem sofrer desnecessariamente com a poluição causada por quem opta por se deslocar num veículo poluente.
  • Oferece um espaço amplo à frente dos carros onde parar facilmente depois de filtrar as filas de trânsito, e antes de retomar a marcha quando o sinal ficar verde.
    • Permite reduzir os tempos de deslocação. Os congestionamentos de trânsito em Lisboa ocorrem porque demasiadas pessoas optam pelo carro para se deslocarem. Mesmo quando viajam sozinhas ou com apenas um passageiro, e mesmo quando têm outras alternativas viáveis. Quem opta por meios mais sustentáveis não deve ser desnecessariamente prejudicado por elas.
    • Legitima para os utilizadores de bicicleta esta prática disseminada entre todos os condutores de veículos de duas rodas.

 

bicicletas na bike box

Foto: Manuel Costa Henriques, durante a Massa Crítica de Março 2017

 


Vou de carro ou de mota: o que esperar e o que fazer numa destas Zonas Avançadas para Bicicletas?

 

  • Se apanhar o sinal vermelho, páre sempre ANTES da linha de paragem (agora recuada face ao normal).
  • Se apanhar o sinal amarelo, prossiga só se não conseguir parar em segurança ANTES da linha de paragem (agora recuada face ao normal). Atenção ao excesso de velocidade.
  • Com trânsito congestionado aja normalmente como em passadeiras e cruzamentos. Garanta que não avança (mesmo com o sinal verde) se não tiver já espaço para parar, se necessário, depois da ZAB (e da passadeira!).

 

zonas avançadas para bicicletas

Foto: Luís Paquete
Não faça isto, vai ficar mal visto e com razão.

  • Se parou parcial ou totalmente numa ZAB, recue para a posição correcta se não tiver veículos atrás de si.
  • Ao cair o sinal verde, confirme que não há nenhuma bicicleta a aproximar-se pela sua direita ou esquerda e prestes a colocar-se à sua frente. O condutor pode não se ter apercebido da iminente mudança de sinal) na ZAB (ou fora da ZAB, de resto!).
  • Se vai de mota: lembre-se que uma das funções da Zonas Avançadas para Bicicletas é resguardar os utilizadores de bicicleta da poluição automóvel. Se puser lá a sua mota só “porque cabe” está a anular esse efeito. Vai ficar mal visto e com razão… Nunca se coloque à frente ou ao lado dos utilizadores de bicicleta, mantenha-se afastado atrás – terá tempo para os ultrapassar depois.
  • Cuidado com as travagens, e cuidado com o excesso de velocidade com ciclistas à frente. Há relatos de perda de aderência do piso com a tinta que está a ser usada.

 

 

Vou de bicicleta: o que esperar, o que fazer numa destas Zonas Avançadas para Bicicletas?

 

  • Depende muito de uma série de circunstâncias, e do condutor de bicicleta em causa e da sua própria análise de risco. Este diagrama de fluxo ilustra sucintamente algumas variáveis a analisar:

 

zonas avançadas para bicicletas

Diagrama adaptado de um do blog The Mind of a Helmet Camera Cyclist

  • Cuidado com o momento em que chega à ZAB e com os movimentos dentro da mesma! Evite usar a ZAB como se fosse uma ciclovia para cruzar vias de trânsito enquanto o sinal está vermelho.

 

zonas avançadas para bicicletas

Imagem: bikexprt

Não importa se o condutor da bicicleta vindo pela direita (a) está a usar uma ciclovia existente ou não. O momento em que se atravessar à frente do primeiro automóvel (b) é de risco se ocorrer quando o sinal fica verde – o seu condutor não estará à espera.

Da mesma forma, se continuar e se atravessar na via a seguir corre o risco de ser abalroado se ficou verde nesse momento. O condutor que lá esteja ou aproxime não estará à espera dessa manobra, e o automóvel na via ao lado pode ocultar a sua presença e os seus movimentos até ao último instante.

 

  • NUNCA SE COLOQUE AO LADO OU IMEDIATAMENTE À FRENTE DE UM VEÍCULO PESADO, mesmo que este esteja parado, e mesmo que haja uma ciclovia ao lado e/ou uma Zona Avançada para Bicicletas / bike box à frente! Arrisca ser abalroado quando o condutor retomar a marcha! Lembre-se: garanta sempre que é visto por quem interessa.

 

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Qual o enquadramento legal das Zonas Avançadas para Bicicletas?

 

Após as grandes alterações de 2013 ao Código da Estrada no que aos velocípedes diz respeito, a consequente revisão e alteração ao Regulamento de Sinalização do Trânsito (RST) está ainda por anunciar, o que causa alguns constrangimentos à inovação, e à evolução da sociedade (da qual as alterações de 2013 foram um reflexo). Contudo, ficamos satisfeitos de ver que isso não está a impedir a CML de avançar e de experimentar novos (cá) conceitos com o intuito de melhorar a cidade.

Esperemos que o governo termine este trabalho de revisão legislativa quanto antes, para que a lei possa acompanhar de forma clara e inequívoca as práticas vigentes seguras.

 

Fazendo a revisão de uns conceitos básicos do CE & RST:

 

Artigo 61º – Marcas transversais
As marcas transversais, apostas no sentido da largura das faixas de rodagem e que podem ser completadas por símbolos ou inscrições, são as seguintes:

M8 e M8alinha de paragem e linha de paragem «STOP»: consiste numa linha transversal contínua e indica o local de paragem obrigatória, imposta por outro meio de sinalização; esta linha pode ser reforçada pela inscrição «STOP» no pavimento quando a paragem seja imposta por sinalização vertical;

M11 e M11a — passagem para peões: é constituída por barras longitudinais paralelas ao eixo da via, alternadas por intervalos regulares, ou por duas linhas transversais contínuas e indica o local por onde os peões devem efectuar o atravessamento da faixa de rodagem; nos locais onde o atravessamento da faixa de rodagem por peões não esteja regulado por sinalização luminosa, deve utilizar-se a marca M11.

 

 

Artigo 65º – Sanções
Quem infringir as prescrições impostas pelas marcas rodoviárias é sancionado:
a) Com coima de 10 000$ [50 €] a 50 000$ [250 €], quando se trate das marcas […], M8 e M8a; [nota: coima reduzida para metade quando se trata do condutor de um velocípede, segundo o Art. 96º]

c) Com coima de 1000$ [5 €] a 5000$ [25 €], quando se trate das marcas M11 e M11a.

Ou seja, a linha de paragem associada ao semáforo (M8) continua a ser apenas uma, embora recuada, e deverá ser respeitada por todos os veículos motorizados. A lei mantém-se e é clara. Noutros países com legislação harmonizada são 2 linhas, a normal e uma avançada para determinadas classes de veículos – motas, ou bicicletas ou transportes públicos.

Os condutores de bicicleta poderão efectivamente ser multados por usar as Zonas Avançadas para Bicicletas, se encontrarem algum agente hiper-zeloso. Contudo, a iniciativa da autarquia de avançar com as ZAB torna esse cenário menos provável. Não há problemas intrínsecos de segurança causados por os condutores de bicicleta ultrapassarem a linha de paragem normal e ocuparem a bike box antes da marca da passadeira de peões enquanto esperam pelo verde (mas atenção às advertências explicitadas acima!).

 

zonas avançadas para bicicletas

Foto: Urbactiv

 

No Funchal lidaram com o atraso legislativo criando uma solução mais elaborada de bike box. 🙂

Já referi que é mesmo urgente que o governo avance de uma vez com a revisão do RST?…

 


 

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Foto: Urbactiv

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