'ANIMA LUPI' em Vagos

LOBO @ OS CLÁSSICOS DO LOBO

Publicado em 11/08/2014 às 16:45

Temas: Anima LUPI Fixed Gear Bicicletas Bicicletas Antigas Bicicultura Passeios Bicicleta

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rui henrique @ bicicleta voadora

Publicado em 8/08/2014 às 14:03

Temas: eventos

De Gracia a Poble Sec, hay una nueva ruta por descubrir en Barcelona de bicicleta o caminando con 12 ilustradores portugueses y 9 locales de comercio tradicional de la ciudad Condal.

Después de Lisboa haber acogido esta muestra, A Casa Portuguesa se junta a Bicicleta Voadora para traer el proyecto a Barcelona. El objetivo es mostrar, a través del arte, que es posible moverse bien por la ciudad en bicicleta o caminando y al mismo tiempo dar a conocer algunos artistas portugueses que tendrán sus trabajos expuestos en lugares  más o menos convencionales.

Al hacer este recurrido, se asocia comercio tradicional con movilidad suave, celebrando una ciudad sostenible y promocionando la economía local y responsable en ciudades como Barcelona o Lisboa.

Se trata pues de una ruta urbana, sin pretensiones, en la que podremos conocer el trabajo de algunos ilustradores urbanos y en la que se muestra, una vez más, que las formas de movilidad suaves y sostenibles son una alternativa real para la ciudad de Barcelona.

Juntamente con la exposición se presentará  un cuaderno de hojas blancas, encuadernado por ASSOL (“Associação de Solidariedade Social de Lafões”, con sede en un pueblo en el centro de Portugal).
La portada y contraportada tendrá ilustraciones exclusivas de la ilustradora Susana Matos, una de las artistas participantes en la muestra. El dinero de las ventas de este cuaderno revierte a favor de esta Institución.

El día 1 de Marzo, día de la inauguración, proponemos un paseo de bicicleta o a pie, MONSIEUR VELO / 10H30, con parada en todos los locales participantes y la fiesta final será a partir de las 16h00 en A CASA PORTUGUESA con “petiscos” especiales para el evento, cocktails, música en directo y  Djsets muy divertidos y especiales.

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Da Gracia à Poble Se, há uma nova rota para descobrir Barcelona de bicicleta ou a pé com 12 ilustradores portugueses e 9 lojas de comércio tradicional.

Depois de Lisboa ter acolhido esta mostra, A Casa Portuguesa junta-se à Bicicleta Voadora para trazer o projecto a Barcelona. Os objectivo é mostrar, através da arte, que é possível deslocar-se pela cidade de bicicleta ou a pé e ao mesmo tempo dar a conhecer artistas portugueses que terão os seus trabalhos expostos em espaços não convencionais.

Ao fazer este percurso, associa-se comércio tradicional à mobilidade suave, celebrando uma cidade sustentável e promovendo a economia local e responsável em cidades como Lisboa ou Barcelona.

Trata-se de uma rota urbana, sem pretensões, dando a conhecer trabalhos de ilustradores urbanos e demonstra que as formas de mobilidade suave e sustentáveis são uma alternativa real para a cidade de Barcelona.

Juntamente com a exposição é lançado um cadernos de folhas brancas, encadernado de forma artesanal pela ASSOL (“Associação de Solidariedade Social de Lafões”, com sede numa pequena vila no centro de Portugal). A capa e contra-capa têm ilustrações exclusivas da ilustradora Susana Matos, uma das artistas presentes na mostra. Os lucros obtidos com a venda deste caderno revertem  a favor da instituição.

No dia 1 de Março, dia da inauguração, propomos um passeio de bicicleta ou pé ( MONSIEUR VELO / 10H30, com paragem em todos os locais e uma festa de inauguração a partir das 16H n' A CASA PORTUGUESA com petiscos especiais para este evento, cocktails, música em directo e Djsets muito divertidos e especiais.


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12 urban artists from Lisbon and Porto display their illustrations across 9 different shops drawing inspiration from the city.

Their works will be the launching point for a visit to 9 different spaces along an easily accessible art tour, celebrating different routes and paths for discovering Barcelona on foot or bicycle.


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rui henrique @ bicicleta voadora

Publicado em 8/08/2014 às 9:22

Temas: eventos

12 ilustradores urbanos de Lisboa e Porto expôem os seus trabalhos por 10 locais da capital, sob tema livre e inspirados pela vivência da cidade.

Entre 4 de Outubro e 8 de Novembro de 2014, os trabalhos destes artistas são o ponto de partida para um roteiro que inclui 10 espaços de comércio tradicional e recebe a mobilidade suave e a arte, sem pretensiosismos, celebrando as alternativas que Lisboa oferece para uma cidadania sustentável.

Um roteiro para percorrer de bicicleta ou a pé, para conhecer ilustradores mais e menos conhecidos e ainda ver os trabalhos de alguns artistas brasileiros, através de um intercâmbio com a iniciativa Bike Arte (da associação paulense Aromeiazero).
Encontramos a cada paragem uma peça de decoração urbana em malha, criada pelas artistas da Granda Malha, que identifica cada local e nos alerta sobre os detalhes desta cidade.

Para breve todos os detalhes deste evento.
 

# Festival Bike Arte_São Paulo-Brasil

rui henrique @ bicicleta voadora

Publicado em 12/06/2014 às 11:28

Temas: bike arte brasil lisboa

"Organizado de forma independente pelo Instituto Aromeiazero e diversos parceiros, o Festival Bike Arte busca mistura exposição cultural, festival de rua, bicicleta, comida, bebida para provocar reflexões por uma cidade melhor para se viver.
No lugar de carros, diversas atividades lúdico-culturais, musicais e de contemplação artística acontecerão durante o dia todo. É da essência do evento que alguma via tenha o trânsito restringido, para que as pessoas consigam vivenciar o espaço público em sua plenitude. Para os organizadores, a ocupação das ruas por pessoas gera afetividade e aproximação com a cidade e com as outras pessoas, gerando transformação e reflexões sobre o modelo de cidade que queremos.
Todo ano artistas são convidados para expressar em diferentes suportes (arte gráfica, fotografia, grafite, ilustração, escultura…) o tema “bicicleta”. Também são promovidas intervenções ao vivo de street art e de estilização de bikes."
Texto retirado do site do Instituto Aromeiazero

É com enorme alegria que comunico que foi estabelecida uma parceria entre a Bicicleta Voadora e o Aromeiazero, com o objectico de promover um intercâmbio cultural entre as duas cidades com vista à promoção da bicicleta como estilo de vida e melhoria da vida nas cidades.

Em resultado deste projecto irão estar representados vários ilustradores portugueses no Bike Arte que aceitarem o desafio de representar a bicicleta como forma de expressão artística.

Para breve darei mais informações de como se irá reflectir em Lisboa este intercâmbio.


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EMEL e a política de (des)mobilidade urbana

costureira ciclista @ Costureira Ciclista

Publicado em 11/06/2014 às 11:05

Temas: Na cidade Opinião Sustentabilidade

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A EMEL, Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa, foi criada por deliberação da Assembleia Municipal de Lisboa em 1994, enquadrada na chamada « política integrada de estacionamento » que tem como principal objectivo « potenciar a utilização de transportes públicos (...) reduzindo o congestionamento e melhorando a qualidade do ambiente urbano » (in, Definição do Plano Estratégico e do Novo Modelo Tarifário para a EMEL) 


Até aqui, tudo bem... Mas, vamos então espreitar a página da EMEL e ver quais são as suas principais prioridades: 

A médio prazo, em relação à gestão do estacionamento, a EMEL definiu como principais prioridades até 2013:
  • Construção de 4 parques de estacionamento em estrutura (1 parque por ano) - 2.000 novos lugares: Investimento 16.ooo.ooo €
  • Construção de 11 parques de estacionamento em superficie - 4.000 novos lugares: Investimento 2.578.000 €
  • Renovação e Modernização de 1.050 parquímetros - Investimento 5.250.000 €
  • Extensão da área de estacionamento gerida pela EMEL - 10.000 novos lugares
  • Modernização e diversificação das formas de pagamento do estacionamento


Resumindo, parece que a redução do congestionamento se consegue criando milhares de lugares de estacionamento. Mas... isso não vai levar a que as pessoas tragam na mesma o carro da periferia para o centro da cidade ? E se assim for, em que medida em que a construção de « 4 parques de estacionamento em estrutura » e « 11 parques de estacionamento em superfície » contribui para reduzir o tal congestionamento ?

Ah... espera... se calhar porque as pessoas deixam o carro no parque e depois vão de transportes públicos. A sério ... acreditam mesmo nisso ? Acham mesmo que uma pessoa vai enfrentar uma horda de automobilistas, estacionar num parque pago a alguns quilómetros do local de trabalho e depois ainda vai gastar dinheiro no passe para poder ir de transportes públicos até lá ?

Adiante.

A meu ver, sendo a EMEL uma empresa de ESTACIONAMENTO MUNICIPAL, e não "estacionamento municipal automóvel", imagino que também existam algumas medidas que visem a bicicleta. Afinal de contas, o estacionamento deveria englobar todos os veículos que circulam na via pública.

E não é que há mesmo ? 
Fantástico! 
Parece que afinal a EMEL até está empenhada na mobilidade.

A EMEL, em parceria com a ENGELMA, lançaram uma nova solução de mobilidade sustentável para a cidade de Lisboa, que passa pela utilização de bicicletas a partir de parques de estacionamento EMEL.
O serviço "B'ina - Estacione e siga caminho", sugere que os condutores, que sejam assinantes de Parques EMEL, estacionem o carro num dos Parques EMEL e "sigam caminho" de bicicleta, seja para o trabalho, numa curta deslocação ou simplesmente por puro lazer.

Deixem-me ver se percebi. A "nova solução de mobilidade sustentável" implica que eu tenha um carro, que o deixe num dos parques pagos da EMEL (visto que se destina a "condutores que sejam assinantes de Parques EMEL") e depois sim, poderei levar uma das bicicletas do serviço B'ina mediante o pagamento de uma taxa de 2,50 € (meio dia), 3,50 € (dia inteiro). Feitas as contas, ao final do mês, o valor para a utilização deste serviço poderá variar entre 52.50 € e 73.50 €. Mais o custo na assinatura EMEL.

Sejamos realistas... porque raio é que alguém havia de vir de carro para Lisboa, pagar o parque e depois ir de bicicleta ? Com os 73.50 € do aluguer, conseguimos deixar o carro numa ruela, dar 1,50 € por dia ao arrumador e ainda nos sobra dinheiro. Ou então, estacionar em cima dos passeios e ciclovias, a custo 0 (o que, considerando a falta de fiscalização, é a solução preferida de muitos condutores). 

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Avenida do Brasil, Campo Grande - Lisboa

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Campolide - Lisboa


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Avenida do Brasil - Lisboa

Mas, a palavra de ordem com esta ideia de aluguer de bicicletas é a "mobilidade sustentável". É bonito, fica bem e até é capaz de iludir algumas pessoas com o argumento falacioso de que as bicicletas estão lá para quem as queira. As pessoas é que não as querem usar.

Mas para uma solução ser sustentável, tem de haver sustentabilidade. E a tal mobilidade, devia consistir na "capacidade de dar resposta às necessidades da sociedade em deslocar-se livremente, aceder, comunicar, transaccionar e estabelecer relações, sem sacrificar outros valores humanos e ecológicos hoje e no futuro" (World Business Council for Sustainable Development).

Há aqui alguma coisa que não faz sentido e, cada vez mais, a ideia deste aluguer de bicicletas me parece menos sustentável. 

Em primeiro lugar porque envolve uma quantia significativa de dinheiro: o combustível, o valor do parque e ainda o valor do aluguer da bicicleta. Assim, a capacidade de se "deslocar livremente" tem um custo e, são tão livres quanto o dinheiro que tiverem na vossa carteira.

Em segundo lugar porque, se vamos construir parques de estacionamento e fomentar a utilização do automóvel, estamos a sacrificar valores humanos e ecológicos hoje, o que acabará por se repercutir no futuro.


Querem realmente promover a mobilidade sustentável ? 


Criem soluções para quem queira combinar transportes os públicos e a bicicleta:
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Estacionamento para bicicletas ao lado da paragem dos autocarros.

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Parque de estacionamento na estação ferroviária de Massamá

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Parque coberto para bicicletas junto à estação ferroviária.



Criem soluções seguras para quem não tenha espaço em casa para guardar a bicicleta:
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Estacionamento em Roterdão


Transformem os parques de estacionamento automóvel em estacionamento para todas as viaturas.

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Simplifiquem a vida para quem se desloca na cidade de bicicleta. 
Como se vê, um estacionamento para seis bicicletas não ocupa assim tanto espaço...
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Exerçam, em parceria com a PSP, mais operações de fiscalização no que diz respeito ao estacionamento. De que vale a construção de parques e parques se a realidade do estacionamento abusivo (e por vezes até selvagem) permanece imutável ?
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Como se pode ver, existem soluções. Basta adaptá-las à nossa realidade. 

E, arriscaria até dizer que o montante envolvido na instalação de soluções de estacionamento para bicicletas, não chegaria perto dos 30 milhões de euros de investimento previstos para a construção, até 2017, de 11 novos parques de estacionamento. Automóvel.

É este o conceito de "mobilidade sustentável" ?

É assim que a EMEL pretende, como refere na sua página, « potenciar a utilização de transportes públicos (...) reduzindo o congestionamento e melhorando a qualidade do ambiente urbano » ?!

Ou, como esquematicamente apresentam na Definição do Plano Estratégico e do Novo Modelo Tarifário para a EMEL

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Lamento mas ... parece-me que a relação será mais algo como:

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Ou a empresa muda de nome e se assume definitivamente como a Empresa Municipal de Estacionamento Automóvel , pondo de lado argumentos como a "melhoria da mobilidade em Lisboa", o servir "a segurança e a mobilidade de todos os cidadão de Lisboa" (calculo que aqueles que têm de andar na estrada porque os carros estão ocupados não entram na categoria de cidadãos de Lisboa) e, a cereja no topo do bolo,



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Ou então, a EMEL assume-se definitivamente como uma empresa de estacionamento municipal que, não obstante os interesses financeiros (naturalmente que se espera sempre um retorno do investimento e, se possível, algum lucro) também tem preocupações de cariz social e ambiental.


Uma coisa ou outra.


Fontes:
Boas pedaladas
  Costureira Ciclista
 

Libertação de bicicletas ergométricas

Julio @ Biclas blog

Publicado em 8/06/2014 às 16:20

Temas: bicicletas invulgares filmes

Boas ideias e habilidade com as ferramentas dão nisto:


Toca a sair do sofá! :)
 

Bambucicleta

Julio @ Biclas blog

Publicado em 5/06/2014 às 23:53

Temas: bicicletas invulgares

Rolava descontraído, no meu commuting diário, quando subitamente vi algo que prendeu a minha atenção! Estacionada junto à ciclovia da Av. Duque de Ávila estava uma bicicleta em bambu!!
Parei para apreciar a bicicleta e fiquei simplesmente maravilhado. Das biclas mais lindas que já vi!
Era uma fixed gear, o que contribui para a sua beleza. Mas obviamente que o interesse maior estava no material incomum. Os tons de castanho e as linhas e marcas do bambu, conferem-lhe uma identidade inimitável.
Os detalhes nas uniões das canas denotavam a qualidade da construção.

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Foto retirada do site artbikebamboo/facebook
 
O dono da bicicleta, estava ali a poucos metros e fiquei a saber que ele próprio havia construído aquela bicla. Para além da sua paixão pelas biclas deu para sentir a sua enorme simpatia e "boa onda".
Visitando a página do facebook "Art Bike Bamboo"fiquei a perceber todo o carinho, cuidado e respeito pela natureza com que cada bicla é construída.
Quando uma bicicleta é construída assim, o resultado não podia ser melhor!
Viva a Art Bike Bamboo! :)
 

/// Leilão do Último Saco Voador

rui henrique @ bicicleta voadora

Publicado em 15/05/2014 às 9:30

Temas: assol eventos solidariedade

O Saco Voador foi apresentado e com ele lançada a esperança que com pequenos actos no nosso dia-a-dia podemos alcançar muitas coisas bonitas. Os elogios que todo o projecto recebeu assim faz pensar.

Um dos sacos saiu com uma personalidade muito vincada e por esse facto, dicidiu-se fazer um leilão.
Na frente, a impressão serigráfica que para muitos pode parecer defeituosa, para nós, é a beleza que esconde a diferença de um produto que não foi feito em série, nem teve que passar por um rigoroso controlo de qualidade antes de sair da fábrica.

A base de licitação são 5 Euros e podem enviar as propostas para bicicleta.voadora.pt@gmail.com até à próxima terça feira, dia 20 de maio de 2014.
Em Lisboa a entrega será gratuita e para fora de Lisboa acresce os portes de envio.

O valor obtido vai reverter a favor da ASSOL

O Saco contém:
- Caixa em Cartão impressa em serigrafia a uma cor na tampa.
- Desdobrável impresso em serigrafia a uma cor na frente e impressão digital no verso
- Etiquetas em cartão com carimbos e colagens.
- Saco em tecido impresso em serigrafia a uma cor



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// Saco Voador_Lançamento

rui henrique @ bicicleta voadora

Publicado em 11/04/2014 às 12:33

Temas: alley cat eventos solidariedade


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Para quem ainda não tem programa para Sábado, 3 de Maio, cá está uma excelente oportunidade de sair de casa e ir até à Velo Culture! E porquê?

A Bicicleta Voadora teve mais uma ideia que pretende tornar-se um facilitador e transformador de vidas – o SACO VOADOR!

Um saco de pano útil, muito bonito e, claro, com um corte especial adaptado às necessidades dos ciclistas, numa edição limitada de 35 exemplares.
Mas este saco tem muito mais de especial (além de ser voador!) - a ilustração ficou a cargo de HugoSerge O., um criador português que “divide o tempo entre experiências visuais e sonoras”; a produção do saco é do atelier Bashô Cycling Club e por isso, todos os sacos foram produzidos à mão, com materiais comprados no comércio tradicional; a impressão em serigrafia e embalagem é da responsabilidade da Devagarse Encaderna Longe, uma oficina da ASSOL – Associação de Solidariedade Social de Lafões, uma instituição que apoia pessoas com deficência mental e saúde mental crónica.

A Velo Culture aceitou receber o projecto no seu espaço e a animação da tarde vai estar a cargo de melómanos convidados que vão partilhar os melhores hits de vinil da sua colecção.
A prova favorita dos ciclistas começa às 14.30h, uma alley cat (a mais dura de sempre em Lisboa!) que começa e termina na Velo Culture.

Com ideias simples, vamos promovendo e animando a comunidade enquanto passamos um dia entre amigos.

Os 35 exemplares desta edição estarão disponíveis para venda apenas esta tarde.
Cada saco tem um custo de 10€ e todos os lucros obtidos revertem a favor da ASSOL. Toda a informação e trabalho desta associação no site da ASSOL.

Um obrigado muito especial a todos os que fazem com que este projecto faça sentido:
Matias Pancho e todo o pessoal na Assol, Joana Janeiro, Gonçalo Baptista, Hugo Serge O., António Cruz, Miguel Madeira e todo o pessoal na Velo Culture, Sara Martins, Cláudio Soares, Marta Ruivo, Nuno Trindade, Rui Costa, Marisa Brito, Pedro Gil e Rodrigo Filipe.

3 DE MAIO
DAS 14 ÀS 20 H
VELO CULTURE –  LISBOA
Rua de arroios nº4
 

1 disco, 2 rodas, 3 pessoas e 4 patas

Cátia Vanessa @ encontros

Publicado em 4/04/2014 às 20:38

Temas: costa vicentina cão frisbee praia praia do amado verão viagens

Viajar de bicicleta no nosso pais, felizmente ou infelizmente, ainda nos coloca numa posição de destaque. Sobressaímos por entre os automóveis, e suscitamos perguntas de quem connosco se cruza. Entre outros motivos, temos a liberdade de irmos para onde quisermos, quando quisermos, e não nos limitarmos a seguir as estradas com o resto do rebanho.

Por outro lado, viajarmos sozinhos ou, mesmo, estarmos sozinhos, costuma dar-nos mais abertura para contactarmos com quem nos rodeia. Vêem-nos, apercebem-se da nossa presença e espantam-se, instigando curiosidade e suscitando perguntas. E, assim, frequentemente surgem agradáveis conversas ou, como neste dia, interacções.

Na praia do Amado, depois de a ter atravessado para o extremo sul, fugindo à multidão, e de ter explorado os muitos recantos por entre dunas e rochedos, lá encontrei um spot que me agradou. Dali, poderia apreciar o pôr do sol, não era uma zona de passagem, estava mais elevado, dando-me alguma privacidade. Além disso, por ser entre duas pequenas dunas, providenciava-me abrigo suficiente do vento, mas não me roubava a panorâmica sobre o areal.
 
Instalei-me para comer qualquer coisa e apreciar as últimas horas de sol. Não levava grande aparato. Tinha parado, uns quilómetros antes, num trilho, para apanhar amoras. Muitas, de um grande arbusto, bem carregado delas. Deu para encher até meio o meu mini-tacho, e com algum pão, queijo, chouriço e tomate, foram uma bela refeição, ligeira mas agradável.

Durante esta viagem, tive sempre dois fieis companheiros, além da burra: o meu disco e as mulheres de Peito Grande, Ancas Largas. Não fazem exactamente o meu tipo (se é que isso existe), mas era o título do livro, também ele volumoso, que me acompanhou durante o verão. 600 páginas de uma epopeia familiar durante a China do século 20, da autoria de Mo Yan, recentemente galardoado com um prémio Nóbel da literatura.
 
Nesse dia, porém, a companhia que surgiu foi diferente. Um amigo de quatro patas, grande e peludo, veio sentar-se a poucos metros de mim, fitando-me com um olhar de quem diz "dá-me lá uma trinca disso que estás a petiscar". Não ladrou, não se aproximou demais, não sei para não parecer muito insistente, ou para não dar um ar de desespero. E, perante uma postura tão civilizada, não resisti e atirei-lhe um pedaço da minha sandes. Comeu-o em três tempos e por ali se deixou ficar.

Passado um bocado, como ele não abalara, lembrei-me do disco. Se é verdade que nós, humanos, podemos divertirmo-nos imenso com esse pedaço de plástico, não é menos verdade que muita gente o associa a brinquedo de cão. Assim, tirei-o da mochila, agitei-o um pouco à frente do cão que, imediatamente se pôs de pé. Na pior das hipóteses, ele deixar-se-ia ficar por ali, na esperança de que eu fosse buscar o disco e lhe desse oportunidade de atacar o meu farnel.
 
Saquei um pull para o meio do areal, cão e disco saíram disparados, e eu fiquei na expectativa de saber se voltaria a ver algum deles. Correu bem, e o cão, como que por instinto, trouxe-me o disco de volta. Perante esta inesperada hipótese de matar saudades do disco, não pensei duas vezes. Arrumei o que tinha a arrumar, lancei o disco novamente, e desci para a zona plana da praia para ir receber o disco.

Ficámos nisto uns bons 15 ou 20 minutos. Eu aproveitava para fazer uns lançamentos, ora contra o vento, ora a favor do vento, e o cão corria zarpava atrás do disco. Noutras ocasiões, fazia um hover sobre o cão, para ver até que altura ele saltava na ânsia de apanhar o disco.
 
Só que, a certa altura, o quadrúpede, em vez de me trazer o disco, decidiu ir lavá-lo. Já não estava a contar ir à água, estava de calções que não era suposto molharem-se, e o nevoeiro ameaçava e tirava-me a vontade de me molhar. Mas teve de ser, pois só assim recuperaria o disco. O cão ainda se fez de difícil, mas lá acedeu em deixar-me apanhar o disco, e assim se acabou a brincadeira. Despachei-o com um ar severo, e voltei para o meu poiso.

Depois de mais uma noite muito bem passada, acordo com uma manhã cinzenta e húmida. O sol não se quis mostrar e, perante esse cenário, pensei que o melhor que tinha a fazer era preparar-me para abalar cedo para outro destino. Esse era o plano, mas enquanto tomava o pequeno almoço, vi passar o meu amigo de quatro patas, acompanhado do dono, surfista de prancha grande, em direcção à água. E, poucos minutos depois, porque talvez o cão não seja grande surfista, ou porque simplesmente é mais adepto do frisbee do que do surf, lá o tinha outra vez ao pé de mim. Resolvi dar-lhe nova oportunidade mas, passado algum tempo voltou a fazer a mesma brincadeira. Lá voltei para o meu recanto, com o disco lavado, e os pés molhados.

Não muito tempo depois, apareceu-me o dono do cão, com um simpático convite para me juntar a ele e à mulher, na caravana deles, para tomar qualquer coisa. A dita caravana era uma muito recente VolksWagen California, com muitos extras, entre os quais a tracção 4x4 que o permitiu chegar aquele local remoto. Era um casal alemão, entre os 35 e os 40 anos de idade, que viajavam naquele veículo na companhia do cão, grande, e de um bebé de 4 meses, muito pequenino. Incrível o que era possível acomodar dentro daquele carro que, apesar de tudo, não é maior do que muitos outros que circulam pelas cidades no dia-a-dia.
 
Ele era ex-profissional de kite-surf e windsurf, ela professora primária, e tinham vindo aproveitar umas poucas semanas de férias, à procura de praias desertas, sol em abundância e, eventualmente, algumas ondas. Vinham do centro da Alemanha, onde tudo isso é escasso ou inexistente, com um espírito de comunhão com a natureza, com a praia e com o mar. Quantos casais portugueses conhecem que fariam uma viagem destas com uma criança tão pequena?

E, assim, passámos um par de horas a conversar. Sobre as suas viagens como atleta profissional, confirmando-me que o windsurf, embora seja uma modalidade muito agradável, tem realmente o grande problema das dimensões do equipamento. Ou, de alguns locais por onde já passáramos os dois, comparando notas. Ou do estilo de vida que cada um tinha, num país e noutro. Foram umas poucas horas de conversa casual, interessante e agradável, à volta de uma caneca de chá quente que me "soube a pato".

Como já era perto do meio-dia e o sol não se mostrava. Chegou a altura de nos despedirmos. Não iríamos ficar grandes amigos e nem sequer trocámos contactos. Não foi porque a companhia não nos tivesse agradado. Antes pelo contrário, estou certo que eles tiveram tanto prazer com aquela troca de impressões quanto eu. Simplesmente, estes momentos não são repetíveis, porque só existem graças a um combinar de imensos factores, que os tornam tão únicos que não vale a pena tentar reproduzi-los.  Afinal, desta vez, o encontro não fora provocado por haver bicicletas em comum. Apenas porque havia um disco, e um cão.
 
RF
 
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